Bridgertons #5
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
Páginas: 276
Gênero: Ficção; Romance de Época
Eloise Bridgerton é uma jovem simpática e extrovertida, cuja forma preferida de comunicação sempre foram as cartas, nas quais sua personalidade se torna ainda mais cativante. Quando uma prima distante morre, ela decide escrever para o viúvo e oferecer as condolências. Ao ser surpreendido por um gesto tão amável vindo de uma desconhecida, Sir Phillip resolve retribuir a atenção e responder. Assim, os dois começam uma instigante troca de correspondências. Ele logo descobre que Eloise, além de uma solteirona que nunca encontrou o par perfeito, é uma confidente de rara inteligência. E ela fica sabendo que Sir Phillip é um cavalheiro honrado que quer encontrar uma esposa para ajudá-lo na criação de seus dois filhos órfãos. Após alguns meses, uma das cartas traz uma proposta peculiar: o que Eloise acharia de passar uma temporada com Sir Phillip para os dois se conhecerem melhor e, caso se deem bem, pensarem em se casar? Ela aceita o convite, mas em pouco tempo eles se dão conta de que, ao vivo, não são bem como imaginaram. Ela é voluntariosa e não para de falar, e ele é temperamental e rude, com um comportamento bem diferente dos homens da alta sociedade londrina. Apesar disso, nos raros momentos em que Eloise fecha a boca, Phillip só pensa em beijá-la. E cada vez que ele sorri, o resto do mundo desaparece e ela só quer se jogar em seus braços. Agora os dois precisam descobrir se, mesmo com todas as suas imperfeições, foram feitos um para o outro.
Com 28 anos, Eloise Bridgerton é considerada pela sociedade como uma solteirona. E até que sua melhor amiga, Penelope, se casa com seu irmão, ela está muito bem com isso. Mas agora tudo mudou e junto com essa mudança, há uma proposta que ela precisa descobrir se está pronta para aceitar.
Eloise tem o costume de manda cartas para seus parentes mais distantes. Ela ama se comunicar por cartas e quando uma prima vem a falecer, ela manda uma carta de condolências para o marido viúvo. E a sua surpresa é receber uma resposta, que dá origem a uma constante comunicação e, por fim, com a proposta de que se conheçam melhor e possivelmente se casem. Impulsivamente, Eloise vai ao encontro de Sir Phillip sem nada dizer à sua família.
E quando eles se conhecem, as diferenças entre ambos, que pelas cartas não eram tão aparentes, parecem gritar. Ao mesmo tempo que Eloise não consegue dar o braço a torcer e decide arriscar, afinal, Phillip pode ser sua única chance de buscar a felicidade matrimonial. Quanto a ele, por mais que a tagarela Eloise às vezes o deixe louco, ele anseia por uma mãe para seus filhos gêmeos. E ver que a Srta. Bridgerton é tão bela, apenas desperta nele um lado há muito adormecido, o da atração.
Eloise é uma moça teimosa, tagarela e muito determinada. A partir do momento que colocou em sua mente que iria conhecer Phillip, não havia nada que a fizesse mudar desse caminho e ela decidiu que não daria a chance de sua família tentar. Já de início percebemos quão dona de si ela é por conta dessa decisão.
O que ela não espera é que Sir Phillip, tão eloquente em suas cartas, na verdade prefere não conversar tanto. É um homem fechado em meio à botânica, inclusive para seus filhos que são verdadeiros pestinhas e fazem com que Eloise passe por grandes "pegadinhas" em sua chegada. Sorte a dela, claro, que ela tem muitos irmãos que lhe ajudaram a aprender a lidar com essa situação.
O jeito rude de Phillip me incomodou muitas vezes, mesmo que entendesse o quanto Eloise era impaciente e insistente em momentos que não deveria. E por mais que esses momentos deles me incomodassem, eu não consegui desgostar de Phillip. Ele é um personagem profundo, com dilemas de toda uma vida e preocupações reais, que o fizeram ser um homem prático. Assim, lidar com os sentimentos controversos que Eloise causam nele não parece ser nada fácil.
Ela, por outro lado, me causou mais divertimento do que desagrado em seus momentos mais temperamentais. Gostei muito dela desde os livros anteriores, mas ver como sua personalidade realmente é me fez a adorar ainda mais. Além do mais, a forma como ela lidou com as crianças também me conquistou.
Esse é um livro com uma narrativa mais leve em comparação com os anteriores, apesar de terem situações pessoais dos personagens que eu achei mais profundas e justamente por elas o livro se tornou mais especial para mim. E que leitor não sonha com um conto de fadas? Bem, Eloise não é muito diferente de nós com suas cartas.
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