Autora: Cecília de Lara
Editora: Sinna
Gênero: Literatura Nacional, Romance, LGBT
Ano: 2019
Páginas: 74
Lorenzo é um menino peculiar desde seus gostos por literatura Russa até seu anseio desenfreado por conhecer o amor. Ao embarcar numa viagem em família para a Itália, ele conhece Thomas, um garoto mais velho e cheio de incertezas. Os dois se apaixonam, se entregam e na sombra desse desejo fica o questionamento: O que sobrará desse amor quando as férias terminarem?
Nesse final de 2019 e início de 2020, não seremos parceiros da editora Sinna, porém, fã que sou do projeto deles de leitura coletiva, não consegui ficar de fora da nova. "Me chamo Lorenzo" foi um livro que me chamou atenção pela sinopse, pois tinha tudo para ser um romance de verão que aquece o coração e pode perdurar até muito além. Vamos conferir juntos o que eu achei?
Lorezo é um adolescente que teve uma grande perda quando mais novo e isso abalou a ele e sua família a ponto de atrasar seus estudos, por isso, o rapaz está indo para o último ano do ensino médio quando as férias acabarem, mas ele tem o anseio de um jovem em encontrar o amor, do tipo que arrebata a alma e o corpo.
Nas férias, ele a família vão para casa de outros familiares na Itália e lá, em um café peculiar, ele apenas vê Thomas. Mesmo sem nem ter falado com o rapaz, sente por ele algo incomum, algo que nunca tinha experimentado antes e que o faz desejar estar com o rapaz a qualquer custo. Assim, em um novo encontro, ele se apresenta e dessa amizade imediata, nasce a atração.
Mas, além a dúvida sobre o que será dessa relação após o fim das férias, há também a família de Lorenzo. Sua mãe pensa que ele ser homoafetivo é uma brincadeira, até o ver com Thomas. O pai, por outro lado, vê tudo aquilo como uma doença e não está pronto para ver o filho se entregando daquela forma.
Com tantas complicações e um oceano os dividindo, resta para Lorenzo e Thomas descobrirem se há uma forma de se entregarem a esse sentimento, ou se tudo termina quando o outono chegar.
O livro é, no mínimo, intenso, pois Lorenzo também é. Ele é um rapaz que sente as dores com intensidade, mas o amor e a atração são de forma ainda mais intensa, tanto que é quase possível sentir isso emanando das palavras do livro. Achei uma forma bem interessante de narrar, pois é raro encontrar algo assim.
Porém, eu esperava um romance um pouco mais detalhado. Lorenzo e Thomas sentem uma atração imediata, mas quando os problemas surgem quase tão imediatamente quanto a atração, eles sofrem como pessoas apaixonadas e eu, que sou um pouco cética quanto a isso, fiquei um pouco descrente sobre o amor imediato. Frustração, sim, eu acho que compreenderia melhor, mas não o amor.
A autora também colocou bastante cenas de sexo. Eu, normalmente, não me incomodo com livros com classificação +18, mas o livro é tão curtinho que me passou a impressão que ele foi apenas para essas cenas, pela grande quantidade que teve. Senti falta de um desenvolvimento além disso, de um drama por trás do desejo, de um amor baseado mais em sentimentos.
Porém, o que mais me surpreendeu na obra foi, mesmo de forma mais rápida, conseguir tratar sobre o preconceito em casa, na rua e até pelas pessoas a nossa volta. Muito além de uma relação homoafetiva, temos um personagem trans, que com toda a sinceridade, me conquistou muito mais do que Thomas e Lorenzo.
"Me Chamo Lorenzo" é um livro para quem não tem preconceitos, que está disposto a ver as diversas cores do amor e embarcar nessa aventura de descoberta com o protagonista, porque depois que começamos, não conseguimos mais largar.
Minha Avaliação
Olá! Uma história curiosa esta hein! Também não acredito nesses amores avassaladores que acontecem de uma hora pra outra. Mas sei que há pessoas que se entregam, amam demais e sofrem por isso... Parece ser um boa leitura! Fico feliz que tenha gostado!
ResponderExcluirOi, acho que tenho esse ebook no kindle, interessante essa intensidade que há na trama, pena que teve esses pontos negativos que não te agradaram tanto.
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirNão curto muito amores instantâneos, acho que perdem um pouco a emoção pra mim. Como você disse se fosse mais detalhado acho que seria bem mais interessante.
Debyh
Eu Insisto
Essa coisa de não desenvolver bem livros com enredo lgbt é meio chato (na verdade, com qualquer tipo de romance seja hetero ou não) porque é sempre a mesma impressão que fica em mim: é tudo pelo "hot". Não sei se leria por conta disso, mas achei legal você ter dito ué apesar de ser um livro curto trata bem do preconceito.
ResponderExcluirFico estarrecida e até enraivecida com pais, mães e pessoas próximas que vê as relações homo afetivas como doenças, affff! Agora, cenas de sexo em excesso até eu que curto romance erótico, me cansa. Uma pena a autora não ter desenvolvido mais o romance.
ResponderExcluirBjo
Tânia Bueno
Oi, tudo bem? Ainda não tive oportunidade de ler nenhum livro da editora mas gostei bastante da ideia de fazer leitura coletiva. Quanto ao enredo achei simples porém uma história que nos cativa. Como você disse é uma leitura para quem não tem preconceitos. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirAdorei a premissa do livro, gosto de leituras LGBT e fiquei bem curiosa com essa obra, parece ser uma leitura que me agradaria bastante e a sua resenha me deixou interessada em ler
ResponderExcluirNão tenho preconceitos quanto ao livro ser lgbt, mas desde que seja bem desenvolvido, assim como de qualquer outra temática, ainda não conhecia a obra nem a autora, mais um nome anotado
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