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Resenha: O Ninho Envenenado - As Crônicas do Amanhecer #1



Autor: R. Silva
Editora: Amazon (Independente)
Ano: 2018
Páginas: 211

E-book cedido pelo autor para resenha

 SINOPSE: “Após séculos de paz, uma traição traz caos ao Império. A divisão da dinastia dos Scliros inicia uma guerra por poder, vingança e riqueza, da qual nem todos sairão vivos.

Olá corujinhas, como vão vocês? Bem, hoje passearemos rumo a uma aventura perigosa até o Ninho Envenenado. 

Eu gosto muito de arquétipos. E quando lemos com certa astucia, percebemos que os autores têm sempre um animal, no qual, se identificam durante a criação. RR. Martin, por exemplo, com certeza foi o Lobo (da família Starks) e o Dragão (da família Targaryen).

Já o autor R. Silva escolheu a serpente para representar um reino desfeito por traições!

 Eu particularmente gosto muito desses detalhes. Mesmo por que, a serpente, em varias culturas — xamanicas, medicina, egípcia, chinesa — possui aspectos positivos como: renovação, sabedoria, elegância, sensualidade, mistério, astucia. E pontos negativos, como por exemplo no cristianismo, onde a serpente representada a mente, a dualidade do bem e o mal, e a corrupção.

“Não há uma nuvem sequer no céu. O sol brilha forte, mas seu calor não é suficiente para aplacar o ar gelado da manhã. O clima nas planícies da Terra do Amanhã é frio nesta época do ano, então todos vieram preparados, com roupas de lã e mantos. O comboio do Imperador Jonas Scliros marcha em uníssono, como um verdadeiro exército, embora apenas a sua minoria seja composta de soldados.”

O livro já começa com uma tensão pré-estabelecida após a Guerra dos Dois Irmãos: Jonas e Lucas. O Imperador Jonas ganhou a guerra iniciada pelo seu irmão mais novo Lucas, que queria o poder para si.

O momento de  trégua que deveria ser marcado por uma formalidade, acaba se tornando ideal para a traição de Lucas, que após recepcionar o irmão, corta sua cabeça e a deixando rolar no chão, e logo em seguida dizima dos os soltados que dormia no Ninho.  Bem, isso já era previsto! Não? Não era? Opa, então eu devo fazer parte da Família Petros.

O que eu mais gosto nessas histórias de jogos de poder, são as “Rainhas” que se fazem parecer piões. Claro, rainha nem no baralho é a cada mais importante da monarquia, primeiro vem: o rei (K), príncipe (J), e só depois vem a rainha (Q).  Por que será que as rainhas são sempre tão subestimadas? Por que, desde sempre, rainhas em reinos, são apenas moedas de trocas, para formalizar alianças.

Exceto a Czar Catarina a Grande, imperatriz da Rússia, e a manipuladora Cleópatra.  Essas duas foram fodas na vida real. E assim como elas, temos no Ninho Envenenado a Victoria de Petros, casada com Lucas Scliros.



O pai de Victoria Petros, a casou com Lucas Scliros. Com a morte de Jonas e seus filhos, Lucas se torna ate o presente momento o imperador por direito, trazendo para Família Petros mais poder. Porém, o grande X da história, e, é o que faz ela caminhar é o fato de que seu sobrinho João, está vivo e tentando criar alianças, ao lado do seu protetor Dom Eduardo.

Bem, nem tudo na história é flores, e tão fácil assim! Existe varias famílias, e personagens que torcemos por eles, encurralados em situações complicadas.


A história é bem escrita, tem todo aquele peso de batalha, o enredo é consistente e as situações são devidamente trabalhadas para o cenário que cada personagem se encontra.








Eu ainda tenho minhas dúvidas de quem vai realmente se tornar o imperador.
Claro, João, por direito deve ser coroado. Mas, eu não sei se ele está devidamente qualificado para liderar. Mas, quem sou eu para julgar, ao mesmo tempo que temos na história Tutancâmon como um dos reis nesse caso faraó — mais jovens, a subir ao trono. Tutancâmon foi coroado aos 9 anos e morreu aos 16.  

Já Lucas, acredito que seja apenas uma peça do tabuleiro, prevejo uma morte fria e cruel para ele no futuro, quando se tornar dispensável para os Petros. Mas, acho que no fundo ele seria sim um bom imperador. Mas, acho que ele já foi longe demais matando a própria família. Coisa que era completamente normal nos reinados antigos.

Meu personagem favorito é o Dom Eduardo, ele é nobre, não em apenas em títulos, mas em seu coração, o que eu acho um perigo, em algum momento ele será traído. “Todo mundo nessa história é uma cobra” kkkk eu tinha que fazer a piada!

Temos a Kyra! Ela é muito boa em manipular uma espada, é muito bom ver ela lutar. Mas, assim como o João, ela é imprudente e isso pode colocar ela em situações cada vez mais perigosas. Mas, imprudência e soberba é algo que vem no pacote de todo o monarca, principalmente se for mais jovem. Então resta roer as unhas e torcer pela jornada desses heróis. Particularmente eu adoro ver o mocinho encurralado, porque, quando maior for a tensão mais verdade a história ganha. Por que, a vida real é assim! E quanto mais perigoso eles correm, mais livros temos para ler!

Acho interessante ressaltar que a Família Petros e Scliros usam o mesmo brasão, porem com cores diferentes. A serpente dos Petros é verde e a dos Scliros é roxa.

O final do volume I, nos deixa com um grande ponto de interrogação! Enfim, não posso dar spoilers, você leitor vai ter que embarcar nessa aventura. Mas, é um livro muito bom, segue temática de enredos de livros como a “A Guerra dos Tronos”.  

Acesse o site da Amazon para adquirir o NinhoEnvenenado! Foi muito bom, estar com você. Até breve, um grande abraço!


Gênero
Aventura
Literatura Brasileira
Fantasia
Classificação

Um comentário:

  1. Oi, Fanny!
    Eu, particularmente, não costumo sentir muita atração por esse tipo de leitura, pois sempre me canso rápido, mas essa trama cheia de traições me deixou bem intrigada e com vontade de conhecer. Vou anotar aqui e quem sabe não consigo dar uma olhadinha futuramente?

    Abraços

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