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Resenha: Ira


- Herança de Sombras (livro 3)
Autora: Juliana Bizatto
Editora: Skull
Ano: 2017
Páginas: 276 
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* E-book cedido pela autora para resenha referente a parceria de 2017.


     Samantha está mudada...

    Restam apenas ecos fracos de sua vida antiga em meio a um oceano de conflitos.
    No momento em que os caçadores foram embora, os ataques recomeçaram, cada vez mais desafiadores e letais. Quando Samantha não pode mais contar com Hilária, seus amigos e sua família, ela faz novos aliados. Vampiros, lobisomens e fadas, todos de índole duvidosa, e neste caminho descobre uma nova versão de si mesma, que apesar de não ser sua faceta mais simpática talvez seja a única forma de sobreviver neste mundo que se abriu para ela. Ou não.
    Monica se nega a acreditar que não há outro jeito, e está disposta a qualquer coisa para que Sam não se distancia de sua família, e em uma guerra pela alma de Samantha, a única certeza é a Ira.
    “Abrace sua face mais sombria” [SKOOB]


     Neste terceiro livro da série, nos despedimos do universo repleto de borboletas e ingenuidade, a doce e meiga Samantha já não existe mais, deixou-se assumir por completo sua personalidade sombria e muitas vezes perversa. Ela vai descobrindo seus poderes, aprendendo a controla-los e usa-los sem piedade contra seus inimigos.
    Os caçadores partiram, mas o perigo ainda ronda a jovem bruxa, novos inimigos surgiram e com eles novas ameaças.

    Tudo parece estar perdido, Sam já não é mais a mesma e sua família perdeu as esperanças quanto à mudança de seu mal comportamento, ela mal fala com sua avó e primas...mas Mônica não acredita que esse é o final reservado para sua melhor amiga, ela não ficará de braços cruzados deixando que Sam se afunda cada dia mais e jamais desistirá dela.


    O estilo de narrativa da obra me agrada muito, dividido em narrações de extrema oposição intercaladas, entre Samantha e Mônica. Enquanto que os capítulos envolvendo Monica são mais leves e românticos, os de Sam são conturbados, repletos de rancor e sombras. 

    É estranho ver como uma personagem mudou muito em tão pouco tempo. Quem viu Sam no primeiro livro jamais imaginaria tal comportamento, tanto no modo de usar seus poderes, quanto em relação à sua família. Sam era tão ligada às primas, principalmente sua avó, ela respeitava sua opinião e não ousava desobedecer alguma de suas ordens, agora parece que o mundo da garota virou de ponta cabeça, parece que se perdeu, não sabe mais qual sua verdadeira identidade. No início da obra, eu me sensibilizei com sua dor, imagine perder um grande amor e descobrir uma herança na qual você não está preparada para receber? Mas confesso que as ações de Sam foram me incomodando um pouco com o caminhas do enredo, essa raiva constante, seu comportamento impulsivo...nem com aqueles que queriam ajuda-la ela mostrava ter afeto, tenho como principal sua relação com Domitila, aquilo me inquietava.
    Sei que esse comportamento, estilo garota malvada, ajudou Sam a superar suas perdas e a nova situação de vida que estava enfrentando...não é fácil para ninguém ter seu passado jogado na sua cara, uma vida de mentiras...mas há momentos em que o poder subiu-lhe a cabeça. E isso faz toda a diferença nessa obra.
    Pode parecer uma crítica, mas não...esse comportamento faz parte de uma jornada de autoconhecimento, a personagem de Sam passa de garotinha ingênua do colegial, preocupada com os outros a sua volta, para uma mulher poderosa e segura de si, aprendeu a dar mais valor à ela, não se curvar diante das dificuldades e lutar por si mesma.

"Apenas quem vive um grande amor sabe a tristeza de perdê-lo."

    Confesso que senti muita falta do Benjamin nessa obra, mesmo com suas atitudes, era impossível não gostar dele. O romance com Sam deixou saudades e o novo núcleo romântico que veio suprir essa ausência, confesso que não me agradou. Eu adoro a Mônica, sua relação de amor e amizade com a prima é linda...mas ela e Rica são melosos demais, pelo menos para mim, tudo bem que a garota merecia um amor em sua vida, mas era muita doçura e eu estava quase tendo diabetes só de ler os capítulos envolvendo os dois no início da obra. Mô merece seu final feliz, mas como nem tudo são flores na vida de uma Hoffer/Björin, é claro que o romance da jovem seria abalado. 
    Nesse volume conhecemos novos seres do universo sobrenatural, antes bruxas e fadas, agora nos deparamos com vampiros e lobisomens, o novo círculo social de Samantha. Isso traz ainda mais do universo fantástico para a obra...para os fãs de fantasia, isso é um prato cheio!


    Quanto a diagramação, como li a versão digital, não tenho muito o que falar, estou aguardando minha edição física que compre na pré venda, na loja da editora. Assim que chegar eu mostro para vocês no Ig do blog. 
    Todos sabem que eu sou encantada pelas capas da série, então, mais uma coisa pra aumentar a ansiedade enquanto o livro não chega.

    A autora está de parabéns...a cada volume ela traz novos elementos para o enredo. Gostei dessa ambientação mais sombria, mostrando que a vida de uma Hoffer/Björin não é tão maravilhosa assim...nem mesmo as roupas e carros mais caros conseguem suprir a dor da perda...as festas não curam todas as feridas...por um lado, elas são gente como a gente, pois afinal, todos temos sentimentos e o sofrimento está aberto a todos...e disso a Jú entende, gosta de fazer os leitores sofrerem, no bom sentido, é claro!


Confira as outras resenhas da série: Luxúria e Apocalipse

     


Classificação

Gênero
Romance
Fantasia
Suspense
Mistério

Um comentário:

  1. Raquel, confesso que sua resenha fez essa obra entrar oficialmente para minha lista de leitura, gosto muito de enredos assim.

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