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Resenha: Prodígio


Autora: Daniela Arezzo
Editora: Sekhmet
Ano: 2020
Páginas: 103
Gênero: Literatura Nacional, Ficção, Distopia


Num futuro distante após a devastação da América do Sul, uma cidade modelo é criada para abrigar a população remanescente do continente.Assolados por graves problemas ambientais,os habitantes de Brázar sobrevivem através das invenções tecnológicas de um seleto grupo de cientistas conhecidos como Prodígios.Mas, quando uma onda de desaparecimentos se instala em um dos mais importantes centros de pesquisada comunidade científica local, perguntas começam a ficar sem respostas e de repente todo o sistema que perdurou por séculos finalmente começa a ruir.E, no momento em que Danna, uma cientista caloura descobre o possível motivo de tantos desaparecimentos, acaba mergulhando nos segredos mais ocultos da organização a qual serve adquirindo para si uma série de problemas que colocarão a prova todos os seus conhecimentos que posteriormente, poderão significar a quebra de um projeto centenário e o renascimento da esperança.

Se existe um momento para esperar um mundo futuro como o de uma distopia, é o que vivemos agora. Estivemos prestes a ter uma guerra mundial, temos uma nova doença se espalhando e a natureza tem vindo constantemente cobrar o preço por nosso descuido de anos, décadas e séculos. E Prodígio vem em uma mistura de tudo isso, para tornar esse mundo ainda mais verossímil.


A América do Sul foi devastada. Após uma reação da natureza, tudo se perdeu e os sobreviventes começaram a lutar para conseguir o pouco que sobrara. Porém, o ser humano é o mal do planeta e, não suficiente o que tinham passado, desenvolveram uma arma biológica que reduziu consideravelmente o número populacional. O ar então passou a ser tóxico e os sobreviventes passaram a viver com o que tinha sobrado de oxigênio e água abaixo de um domo, um local ao qual chamaram de Brázar. 

A partir daí a população teve que encontrar meios de sobreviver e os principais responsáveis por isso eram os Prodígios, pessoas criadas para encontrar uma solução para essas adversidades e, quem sabe, para encontrar uma forma de saírem do domo ao purificarem o ar do lado de fora. 

Danna é uma nova Prodígio. Assim como os demais, ela foi treinada para apenas pesquisar. Cada um que conseguisse bons resultados tinham direitos a perucas, roupas ou mesmo nomes, já que eram reconhecidos por numerações. Porém, Danna, assim como alguns outros prodígios, começa a perceber situações estranhas no sistema, assim como o sumiço de outros prodígios e líderes. Ao questionar isso, porém, ela passa a correr perigo de ser a próxima a "sumir" e a sua descoberta, que pode salvar a vida dos habitantes de Brazar, pode se perder para sempre. 


Sou completamente apaixonada por distopias e não escondo que comecei a me aventurar nesse meio com "Jogos Vorazes" e "Divergente". Prodígio me encantou logo de cara por se passar em um terreno mais perto do nosso. Não é dito o local onde Brazar se situa, mas temos a menção de países da America do Sul e do último sobrevivente antes da destruíção total do ar: o Brasil. Quando a gente se identifica com o cenário, a leitura fica ainda mais gostosa, não é mesmo?

Danna é, em seu início, a Prodígio perfeita. Ela não questiona, apenas segue as ordens e tenta dar o seu melhor para cumprir seus objetivos. Por um tempo, até mesmo acha absurda a ideia de que alguém pode não querer que eles realmente descubram uma forma de limpar o ar e a água. Mas, com base em conversas que ouve e informações que descobre com um pouco de ajuda do destino, ela muda seu modo de ver e agir. Mas, com isso, se coloca em perigo.

O livro me prendeu de uma forma que fiz sua leitura tão rápido que mal consegui acreditar quando acabou. É claro que algumas coisas eram previsíveis, afinal, é uma distopia e sempre temos um governo tão errado quanto o que foi destruído, certo? Mas eu não estava nenhum pouco preparada para as cenas que tivemos no decorrer do livro. Tudo o que posso dizer é que a autora me surpreendeu e me deixou ansiosa pela continuação da obra.

Se você, assim como eu, ama uma distopia, não pode perder tempo e garantir o seu exemplar de Prodígio. Tenho certeza que vai terminar sem fôlego e ansioso por mais! 



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