Resenha: Para Todos os Garotos que Já Amei

Autora: Jenny Han

Editora: Intrinseca

Ano: 2014

Páginas: 316

Lara Jean guarda suas cartas de amor em uma caixa azul-petróleo que ganhou da mãe. Não são cartas que ela recebeu de alguém, mas que ela mesma escreveu. Uma para cada garoto que amou — cinco ao todo. São cartas sinceras, sem joguinhos nem fingimentos, repletas de coisas que Lara Jean não diria a ninguém, confissões de seus sentimentos mais profundos. Até que um dia essas cartas secretas são misteriosamente enviadas aos destinatários, e de uma hora para outra a vida amorosa de Lara Jean sai do papel e se transforma em algo que ela não pode mais controlar.

           Eu costumo ter uma certa aversão a livros que estão na moda e muitas pessoas estão lendo, mas não me orgulho disso, afinal se muitas pessoas estão lendo significa que estão gostando, correto?

Com essa série aconteceu mais ou menos assim, eu comprei o livro e fiquei enrolando quase um ano para lê-lo, até que comecei a leitura. De cara gostei muito da escrita de Jenny Han. Flui tão naturalmente que parece que você está presente em cada uma das cenas; O livro é escrito em primeira pessoa e narrado no presente! 

    "Peter está com uma expressão serena no rosto como se fosse o capitão de um barco de pesca e estivéssemos flutuando placidamente em alto-mar."

          Lara Jean Song Covey é a "irmã do meio" de três, a mais velha se chama Margot e a mais nova Katherine (Kitty para os mais íntimos). As "Irmãs Song" têm apenas o pai, um ginecologista obstetra, aspirante a cozinheiro e conselheiro amoroso, o Dr Covey é um pai paciencioso e dedicado que não demora muito pra conquistar o seu afeto. Porém a verdadeira "chefe" da casa é Margot que, desde o falecimento da mãe, assumiu a casa, se tornando uma pessoa extremamente responsável e centrada, o que vou assumir, as vezes a torna um tanto irritante, porém guiado por Lara Jean, você sempre irá amá-la e compreendê-la, como as irmãs fazem.

Já Kitty... Meu Deus alguém precisa ensinar modos a essa garotinha! Por ter crescido sem a mãe, os Covey basicamente fazem tudo o que ela quer, o que a tornou um monstrinho exigente e mimado, porém muito fofo e inteligente, afinal a trama toda não seria possível se não fosse graças as peripécias de Katherine Song Covey.

Lara Jean faz bem o tipo "mocinha de comédia romântica", com 16 anos, nenhum membro em sua lista de namorados e um mote de inseguranças oriundas da adolescência, com coração muito grande e um romantismo inabalável. Apaixonada por cartas escritas a mão, Lara Jean tem um hábito muito interessante: quando ela quer deixar de gostar de alguém ela escreve uma carta de despedida, despejando todo o seu coração nas palavras. Depois coloca a carta em um envelope, fecha e guarda em uma caixa de chapéu azul que sua mãe lhe deu para guardar seus tesouros. Com 16 anos, Lara já se apaixonou cinco vezes, por tanto, cinco cartas ao todo.

O que acontece é que, por um acaso do destino (ou não) essas cartas acabam sendo postadas no correio e pronto! A confusão está armada pois, um dos destinatários é o vizinho/melhor amigo da família/paixonite de Kitty/namorado de Margot, a irmã mais velha, Josh Sanderson. Desesperada para que Josh entenda de uma vez por todas que esse amor é coisa do passado (o que não é bem verdade), Lara Jean inventa para ele que está namorando e quando ele duvida, ela tem uma ideia brilhante para provar que está dizendo a verdade: Se joga no primeiro conhecido que encontra no corredor da escola e o beija, afirmando que ele é seu namorado. O ponto é, esse garoto é Peter Kavinsky "o garoto mais bonito entre os garotos bonitos".

    "Ele tem a expressão de um Garoto Bonito de outra época. Poderia ter sido um belo soldado da Primeira Guerra Mundial, bonito o bastante para uma garota esperar por ele durante anos tão lindo que ela seria capaz de esperar para sempre."

           

Aqui eu gostaria de elogiar a forma que Jenny descreve os personagens. Ela não os descreve fisicamente, dando detalhes sutis e adjetivos únicos que dão uma liberdade deliciosa a imaginação do leitor, amo muito isso na escrita dela.

            

Por fim, Peter e Lara começam a fingir um relacionamento, afinal isso beneficiará ambos; Lara porque não quer que Josh saiba que ela ainda tem sentimentos por ele (a mandinga da carta não funcionou com ele) e estragar a amizade incrível que eles tem e Peter por que quer dar o troco em Genevieve, sua ex-namorada, que por sinal é uma "aquela palavra com V" (como Kitty diz) e foi a melhor amiga de Lara Jean no passado.

Eu li o primeiro livro em um dia e meio (isso depois de perdê-lo na escola e comprar outro na Bienal do Livro desse ano) e nem vi passar, tamanho o desespero para saber se meu shipp ia dar certo ou não.

Eu achava que estava velha demais pra comédias românticas adolescentes, mas Jenny é tão brilhante que ela consegue encantar pessoas de todas as idades e no fim, todos estamos apaixonados pelas irmãs Song e pelos "boys das cartas" - no meu caso eu me apaixonei mesmo foi por Peter, meu senhor que ser humano fofo! Mas sabe irritar também quando quer...

Com certeza a leitura mais gostosa que fiz esse ano, graças a Deus que tem continuação e eu já estou na metade!

Obrigada por lerem e venham aqui comentar quando amarem, pois sei que vão. Beijos de luz!

Classificação

Gênero

Literatura Internacional

Romance

Jovem Adulto

Por: