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Resenha: Histórias de Atréfora - uma transluza, uma anã e duas aquarianas



Autores: Layane Ventura e Ismael Artur
Editora: Chiado
Ano: 2014
Páginas: 260 

SINOPSE

    "Karol estava nadando uma longa distância sem parar... Thamilis andando sobre um vulcão ativo... Layane andando sobre grandes nuvens... Hévelyn andava sobre pedras... Sonhos estranhos traçaram o destino de quatro garotas... Mundos desconhecidos, monstros, dragões, magia, trevas... Apenas uma certeza: elas devem salvar Atréfora, uma terra distante e devastada. Novos amigos, muitos inimigos, histórias marcantes, tramas envolventes e uma grande aventura."  [SKOOB]


    Histórias fantásticas com seres mágicos e dragões estão em alta não só na literatura internacional, mas também em obras de autores nacionais. E é nesse embalo de fantasia, o qual vivemos atualmente no universo literário, que encontramos o início de uma aventura ímpar.

      Quando digo que essa é uma aventura diferente, não pelo enredo e temática, pois acabei de mencionar quento esse tema está despertando o interesse de muitos autores em escreve-lo, como de leitores em lê-lo. Sua peculiaridade se deve principalmente pelas personagens principais, por quê? Geralmente esse tipo de temática, voltada principalmente para leitores do sexo masculino, tende a apresentar como protagonistas personagens desse mesmo gênero, claro que isso desperta o maior interesse nos meninos que se imaginam tal quais os hetóis da história. Mas o que encontramos nessa obra é justamente o oposto, quarto garotas completamente distintas obrigadas a entrar em uma aventura perigosa para salvar um planeta o qual nunca ouviram falar.

    Isso está ficando confuso? Vou explicar melhor então...



    À princípio os autores apresentam o senário central da aventura, o início de tudo, que deu origem a essa fantasia...Atréfora.
    Atréfora é um dos seis planetas que compõem o sistema Elementium, próximo ao Sistema Solar, juntamente com Aquária, Anão, Narx, Transluz e o Planeta dos Dragões. Em cada um desses planetas viviam seres fantásticos com comportamentos totalmente distintos que eram influenciados diretamente pelo o tipo de clima e relevo do local. Dentre os seres que abitavam os seis planetas, os atreforianos eram os mais desenvolvidos, eles tinham a capacidade de dominar os quatro elementos da natureza: água, fogo, terra e ar, e por isso despertavam a inveja de outros povos.
    Os dragões eram seres muito poderosos que buscavam o máximo de conhecimento possível, uma vez que possuíam grande longevidade. E em um determinado momento, nessa busca por conhecimento, quatro dragões foram para Atréfora para aprender a arte de dominação dos elementos, esses dragões eram puros e bondosos e após cada um deles aprender a dominar um elemento específico foram chamados de dragões elementares, se tornado os seres mais poderosos do planeta o qual habitavam.

    Como nem tudo é perfeito e em quase toda história de aventura encontramos um vilão, essa não poderia ser diferente. No planeta dos dragões também existia Maldar, um dragão cruel e ganancioso cujo objetivo era se tornar o ser mais poderoso de todo Elementium, ele aprendera a dominar as trevas e conseguiu atingir um nível de poder tão elevado quando o dos dragões elementares.
    Mesmo sendo tão poderoso Maldar ainda encontrava-se em desvantagem e temia poder ser derrotado pelos quatro dragões elementares, por isso foi de planeta em planeta com seus companheiros exilados dominando cada povo e expulsando de seus lares. Enquanto Maldar espalhava sua maldade e a cada passo conquistava mais território, os seres que eram expulsos de seus planetas cansados de viverem reprimidos e exilados no planeta dos dragões (no qual tinha ido buscar abrigo confrontando os dragões reais pelas atitudes de Maldar) decidiram se refugiar em Atréfora, buscando regiões com características que se aproximassem de seus antigos planetas.

    O tempo passou e os quatro dragões resolveram se estabelecer de vez em Atréfora, se apaixonaram por seres completamente diferentes, refugiados de outros planetas, e através de feitiçaria mudaram de forma e constituíram famílias. Os anos se passaram e tudo estava tranquilo no planeta, a linhagem dos dragões elementares crescera, mas cada descendente, todos do sexo masculino, não herdara os poderes de dominação dos elementos. Tendo isso em vista Maldar resolvera concluir seu plano para a dominação de todo o sistema Elementium, uma vez que os dragões já haviam morrido, como qualquer ser comum (que tinham se transformado), pois agora nada podia detê-lo. Ele também se transformou e mudou seu nome para Elber, assim ninguém poderia reconhece-lo.
    O pânico se instalou em Atréfora e os descendentes dos dragões se viram obrigados a fugir para outro planeta através de um portal, assim Atréfora ficou sobre o domínio de Elber que foi se tornando cada vez mais forte e poderoso e impondo seu reinado de terror aos demais seres que permaneceram no planeta.

    Bom, a partir desses eventos ocorridos em Atréfora conhecemos a história das quatro garotas, Karol, Thamilis, Layane e Hévelyn, que descobrem possuírem poderes de controle os elementos da natureza. Elas precisam aprender a controlar esses novos poderes para livrar Atréfora das garras do perverso Elber. Com a ajuda de Heráclito e Ago, dois jovens que fugiram de Atréfora para encontrar as garotas e protege-las, elas descobrem ser descendentes dos dragões e enfrentarão as terríveis maldições criadas pelo temido malfeitor.



    A história tinha tudo para ser uma aventura incrível, não sei porque, mas algo se perdeu no meio do caminho. O livro não foca muito na batalha das garotas contra as forças do mal, mas sim nas descobertas de seus poderes. Eu esperava mais, mais ação e demonstração de força, queria ver um duelo entre as garotas e o vilão. Acho que eu criei muitas expectativas em relação a obra, ao ler a história dos planetas e os conflitos entre os seres fantásticos esperava que o livro todo mantivesse o mesmo ritmo.
    Eu prefiro acreditar que uma continuação está por vir, ainda mais da forma como a aventura terminou.

    Gostei da forma de narrativa e como os eventos foram sendo apresentados, em forma de capítulos, alguns personagens são adoráveis enquanto outros um pouco vagos. 

    A diagramação é perfeita, fonte de um tamanho adequado para a leitura fluir. As folhas de coloração amarelada que não cansa a vista.

    Uma leitura rápida e agradável ideal para aqueles leitores que gostam de uma aventura mais tranquila. Confira você também!


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Um comentário:

  1. Olá! Olha, se tudo der certo ainda este mês respondo sua TAG, haha, estou simplesmente sem tempo.
    Me interessei muito no livro. Acho que será meu próximo livro que pedirei à editora na parceria.
    Bjs!
    http://garotoliterato.blogspot.com.br/2015/05/1-ano-de-blog.html

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