Por Ana Cláudia Esquiávo
A trajetória do menino Pedro é contada pelo mineiro
Gabriel Alves, que escreveu o seu primeiro livro aos quinze anos de idade, devido a sua admiração pela literatura fantástica.
Estudante de
jornalismo e youtuber, Gabriel também canta nas horas vagas e hoje conversa com
o blog Literaleitura sobre o seu primeiro livro SHÁKILA – A Batalha Pelo Trono,
lançado pela Yong Editorial.
Literaleitura
- O livro Shákila: a batalha pelo trono fala sobre a necessidade de
aceitarmos as diferenças e a tolerância. Qual o impacto que o seu
livro causaria hoje, quando falamos justamente sobre a aceitarmos as pessoas
independente de como elas sejam?
Gabriel
Alves - Na verdade, Shákila trata do amor ao próximo
sem condições de forma bem mascarada. A criação da própria dimensão shakilana
se baseia nisso, em um lugar onde os princípios seriam o amor, a tolerância e
tais temáticas são discorridas a medida que a história avança. A dimensão foi
criada justamente para fugir dos humanos e lá a nossa presença não é tolerada. Estamos
na era de discutir tudo aquilo que anteriormente era ignorado, marginalizado.
Isso é importante. Amar sem condições é importante.
L- Qual
foi a sua inspiração para escrever Shakila?
Gabriel
Alves - O desejo de criticar alguns
hábitos humanos sempre foi muito pulsante em mim. Desde criança quis escrever
algo que fosse no sentido de crítica social. E não tem melhor forma de ilustrar
a realidade, senão usando a fantasia, além do fato, é claro, de que eu sempre
fui apaixonado com ficção. Foi unir o
útil ao agradável.
L
- A faculdade de jornalismo o inspirou a escrever ou
esta vocação surgiu na infância e adolescência?
Gabriel
Alves - Comecei a escrever quando me decepcionei
treinando futsal, na infância – e a propósito, descobri que não nasci para os
esportes. O jornalismo veio bem depois. Não inspirou, mas agregou muito. Muito!
L - Quais
foram as dificuldades que você teve para chegar ao mercado editorial?
Gabriel
Alves - Bem, muitas. O mercado é
difícil porque o brasileiro não lê, além da realidade das editoras, que
dificultam muito. Cinco delas aceitaram o meu trabalho, mas chegaram a pedir
mais de quinze mil reais para viabilizar o projeto. Eu ria e dizia “Ah, quem
sabe ano que vem?”. Era totalmente inviável. Mas então surgiram meus amigos e
família. Nós fizemos cachorro quente, vendemos nas ruas, fizemos rifas, e etc.
Na época, era duro. Hoje sou muito grato. Shákila existe em função de todos os
envolvidos.
L- Você
gosta de escrever somente fantasia ou possui outro gênero de preferência?
Gabriel
Alves - Eu amo fantasia, mas drama
e o humor cômico me chamam a atenção. Tenho rascunhos de um drama que pretendo
tirar do papel. Quem sabe antes do segundo Shákila? rs. E estou trabalhando numa
comédia teatral, de texto autoral.
L
- Quais são os seus projetos para o futuro?
Gabriel
Alves - Na carreira da escrita, pretendo
estruturar ainda mais a saga Shákila, pois ainda tem muita história para
contar. Quero dar um pulo no gênero drama para diversificar minha identidade
enquanto autor e conquistar um outro público.
L- Fale
um pouco sobre o livro Shakila: a batalha pelo trono.
Gabriel
Alves - Shákila conta a história de
um garoto chamado Pedro Werneck, um adolescente órfão que vive num orfanato
carioca desde que nasceu. Pedro não sabe nada sobre sua origem ou o motivo pelo
qual foi deixado ali, até que completa 15 anos de idade e uma série de
acontecimentos ameaçam a segurança do orfanato. Após alguns desaparecimentos e
ataques, Pedro é levado dali por seres que ele desconhecia até então para
Shákila, uma dimensão paralela a nossa, onde toda uma nação o aguarda. Pedro
descobre que tem um destino traçado e que será obrigado a trilhá-lo, embora ele
não queira. É uma história de auto descoberta, aventura, romance e muita reflexão.
O leitor vai descobrindo tudo junto ao personagem.
L- Qual
a mensagem que você gostaria de deixar para os seus leitores?
Gabriel
Alves - Obrigado
a você, que já se aventurou em desvendar os mistérios que envolvem Shákila e a
vida de Pedro. A você, que ainda não adquiriu o exemplar, convido a adquiri-lo
e se juntar a nós até a dimensão onde a presença humana não é tolerada. Faça do
livro seu passaporte e viaje até Shákila também.
Acesse o blog do autor Gabriel Alves www.youtube.com/GabrielAlvesVlog
Ana Cláudia Esquiávo é jornalista e escritora
É um prazer conhecer esse autor, ainda não tinha ouvido falar sobre ele, mas fiquei bastante interessada pra conhecer esse mundo paralelo. Adoro livro de fantasia e é bem legal ver outros autores explorarem esse gênero no Brasil. A sinopse parece genial, todo o contexto é interessante. Adorei saber mais sobre os planos do Gabriel e sobre a importância para os dias atuais.
ResponderExcluirBeijos!
Show de bola a entrevista com o autor. Não o conhecia e nem a sua obra. Apesar de não ler livros com adolescentes o dele parece ser bem interessante.
ResponderExcluirRaíssa Nantes
Que orgulho desses autores mineiros! Ainda não conhecia o livro Shákila, mas após ler a entrevista e tendo achado a premissa bem interessante, já quero ler.
ResponderExcluirOoi! Não conheci ao autor e nem seu livro, mas já gostei de ambos! Amo quando livros trazem críticas sociais, e aposto que esse misto de critica e fantasia iria me abrandar bastante. Dica anotada!
ResponderExcluirAmeei a entrevista! (Esportes também não são pra mim! kkkkkk)
Oi.
ResponderExcluirFantasia é meu gênero favorito, por isso já fiquei encantada com a sinopse, gostei de verdade da premissa do enredo.
Gostei muito da entrevista, principalmente por ressaltar que publicar um livro no Brasil não é fácil, mas que com esforço podemos chegar lá.
Entrou para minha lista com certeza.
Beijos.
Olha que interessante a história do autor, sofrida, mas também poética, me recordou a história do antônio Carlos Viana que vendeu cachorro quente no Rio de Janeiro. gostei da entrevista e vou procurar o livro.
ResponderExcluirOlá! Tudo bem?
ResponderExcluirA entrevista é bem interessante, pois foi uma novidade conhecer o livro que trata do amor ao próximo sem condições de forma bem mascarada e ao mesmo tempo criticando alguns hábitos humanos. Confesso que estou bem curiosa.
Parabéns pela entrevista.
Bjos