Resenha: Luz, Câmera e Amor

Autora: Aline Sant'Anna

Editora: Charme

Gênero: Literatura Nacional, Ficção, Romance, Erótico

Ano: 2019

Páginas: 364

*Livro cedido pela editora, para resenha, referente a parceria de 2019.

Sou Evelyn Heyley, atriz de Hollywood, e você provavelmente já ouviu meu nome em algum lugar. Batalhei anos para consolidar minha carreira e me orgulho muito de todos os projetos que abracei com amor.Mas, agora... estou prestes a receber a oportunidade da minha vida: um longa-metragem inspirado no romance da autora bestseller Shaaron W. Rockefeller.E é claro que vão me dar um par romântico incrível. Provavelmente um nome que Hollywood ama, como o Thor, da Marvel, ou até o novo James Bond. Ao menos, era o que eu esperava. Assim que a porta da sala de reunião se abriu, revelando o rosto estupidamente bonito daquele ator, com um perfume impactante e uma beleza digna de irritar os deuses, eu soube que meus planos tinham ido por água abaixo. O que era a minha chance do Oscar acabou se tornando um desastre cinematográfico.

     Aline Sant'Anna, autora da série Viajando com Rockstars (que tem resenha aqui no blog, gente!), chega com seu primeiro romance em volume único! "Luz, Câmera e Amor" é o primeiro livro da autora que não faz parte de uma série e se ela estava ansiosa para nos apresentar essa novidade, imagina a gente para ler, não é mesmo? Continua com a gente que vamos contar tudinho e sem spoilers! 

     Evelyn Heyley é uma atriz já bem conhecida que iniciou sua carreira ainda bem nova. Ela tem a chance de alavancar seu "nome" quando é convidada para interpretar o papel principal em um filme baseado em um livro best-seller. O problema é que o par romântico de Evelyn será Chuck Ryder, um ator que ela vê como "péssimo" em sua atuação.

"À medida que o homem entrou, seu perfume cítrico e profundo invadiu cada centímetro quadrado, como se uma magia de sedução tivesse sido espalhada no ar, tornando todos magnetizados por sua presença. Demorou um bom tempo para eu acreditar que era ele, ter certeza de que não estava vendo coisas..."

     E logo de cara ela não esconde o que pensa dele. Ao dizer para Chuck o que acha, com base em todos os filmes dele já lançados (e ela viu, pois sua mãe e irmã são fãs dele), o ator faz um acordo com ela de fazerem um teste dali a alguns dias e decidirem se eles são capazes de trabalharem juntos ou não. Evelyn sai de lá com a certeza que ou terá que abrir mão do papel, ou ele o fará. Mas qual a sua surpresa ao chegar no dia do teste e ver um outro Chuck no papel. Há entrega, há verdade e há paixão. Ela se encanta por esse novo ator, mas percebe que ele só irá existir enquanto as câmeras estiverem ligadas.

     Entre cenas de amor, após mais uma conversa franca entre os protagonistas, eles finalmente iniciam uma amizade, aproximando os dois personagens cada vez mais, a ponto de Evelyn não conseguir mais negar a si mesma o que começa a sentir por esse "novo Chuck". 

"Fechei os olhos e recebi um beijo de Chuck na bochecha. Ele deixou os lábios por mais tempo do que deveria e meu coração deu aquela acelerada quase como se me repreendesse por estar sentindo aquilo tudo."

     Porém, muito mais do que o problema de eles estarem contracenando juntos, o que não seria verdadeiramente um problema, pois sabemos que é normal esse tipo de relacionamento acontecer, Chuck possui um alguém fora das telas e, junto a isso, um segredo que o impede de se separar dessa pessoa e ficar com Evelyn quando o que ele mais deseja passa a ser ela. Ele precisará aprender a confiar nela para que, juntos, consigam resolver esses problemas e ficarem juntos. 

     Não vou nem me fazer de rogada, porque eu comecei esse livro com as expectativas lá em cima, afinal, eu acompanho o trabalho da Aline desde o primeiro livro da série "Viajando com Rockstars", então eu sabia que ela ia chegar dando tiros de amor com mais uma história. Não me enganei. Se possível, ela conseguiu me surpreender ainda mais.

     Aqui temos um núcleo familiar que tem um espaço muito importante na vida da protagonista. Evelyn e sua mãe e irmã são muito unidas e ver esse desenvolvimento acontecer durante a trama foi de aquecer o coração. Além do mais, elas não estão ali por estarem, possuem um papel fundamental, o que tornou tudo ainda melhor. 

"Se tratando de amor, nada era fácil, eu sabia. Para dar certo, era necessário mensurar o quanto estava disposta a aceitar que ia doer. E por Chuck, meu coração já estava apertado demais."

     Também gostei muito de como Evelyn e Chuck não foram o clichê do "gato e rato". Ela não odiava ele, ela simplesmente não tinha motivos para admirar um trabalho sem amor e disse. A sinceridade de Evelyn foi que aproximou os dois, que fez eles serem amigos antes de qualquer coisa e esse desenvolvimento gradual da relação dos dois foi o que mais me conquistou. 

     Porque as cenas quentes vêm, pessoal! Aline capricha no "hot" aqui, mas ele não se torna nem cansativo e nem repetitivo. Acho que foi um dos livros onde essas cenas acontecem de forma mais natural até agora. E nem preciso dizer o quanto adoro quando isso acontece, não é mesmo?

"Agora, sentindo a pele de Chuck contra a minha, percebi que não havia mais barreiras entre nós. Estávamos caindo, sem contenção, em um amor profundo e livre que tinha asas e sabia voar."

     Outra coisa que me fez gritar várias vezes foram as referências que estão estrategicamente colocadas ao longo do livro. Esteja atento, porque pelo menos uma delas eu sei que qualquer um consegue entender. Outras, os fãs da Aline entendem e piram, como eu. Isso deu todo um gostinho especial ao livro! 

     Por fim, mas não menos importante, vamos falar da diagramação desse livro? A editora caprichou tanto, gente! Temos capítulos marcados com trechos do livro em que o filme que eles vão fazer foi baseado (trechos também escrito pela Aline), uma fonte muito confortável de se ler, além de páginas amareladas (ideais pra não cansar nossa vista, não é?). Ou seja, o livro ideal pra encantar com a história e com a aparência! 

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