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Resenha: Deixados Para Trás

Autora: Vi Keeland e Dylan Scott
Editora: Charme
Ano: 2017
Páginas: 239

*Obra cedida pela editora no formato de livro físico, para resenha, referente a parceria de 2017.

Sinopse:
Duas histórias tão profundamente interligadas que você achará que sabe como as duas se conectam...mas estará errado.
Zack Martin: No dia em que conheci Emily Bennett, meu mundo mudou completamente. Sim, éramos apenas crianças, mas eu tinha idade suficiente para saber que minha vida nunca mais seria a mesma. Ela era minha melhor amiga. Minha sina. Meu destino... Eu só não imaginava quantas peças o destino era capaz de pregar.
Nikki Fallon:
Depois da morte da minha mãe, ao sair do estacionamento de trailers sombrio e entediante para a ensolarada Califórnia, eu estava focada em apenas uma coisa: encontrar uma irmã cuja existência eu acabara de descobrir. Apaixonar-me por ele não fazia parte do plano, mas ele preenchia um vazio que eu nunca imaginei que poderia ser preenchido. Ele só podia ser minha sina. Meu destino. Até o dia em que finalmente descobri quem era minha irmã... e quantas peças o destino era capaz de pregar. [SKOOB]



    Quando esse livro me apareceu, me chamou a atenção logo de cara pelo fato de dizer “Você acha que sabe como as duas (histórias) se conectam... Mas estará errado”. Ele me prometia, em sua sinopse, me surpreender. E quem não gosta de ser surpreendido?


    O início começa mesmo mostrando algo muito comum e esperado. Como dito na própria sinopse, a mãe de Nikki falece e é neste momento que a conhecemos, alguém muito revoltada com a vida dura que levou, mas muito mais com a mulher que vivia a levando para lares temporários, uma assistente social. A mãe de Nikki sempre foi doente e ela, sendo menor de idade, precisava de cuidados que a assistência social se encarregava de dar. O que nunca agradou a menina.

    Ao ficar órfã, Nikki ficou com a amiga que morava perto, porém, também era uma situação temporária. Antes, porém, que fosse mandada para outro lar, ela recebe uma carta que sua mãe deixou para esse momento. Nikki possui uma irmã que nunca conheceu (como dito na sinopse), uma irmã que precisou ser separada delas por conta das condições financeiras da mãe. Ela, ao mesmo tempo, descobre que tem uma tia e é com a determinação de encontrar a irmã, que decide se aproximar dessa parenta.

    Tia Claire a encontra e não hesita em ajudá-la. A mulher parece carregar a culpa de não ter conseguido fazer mais pela irmã, ou mesmo por ter ajudado na adoção da outra sobrinha e nunca ter dito mais nada sobre ela. Naquele momento, Nikki não se importava. As duas partem então para a Califórnia, onde Tia Claire mora. 

“Na porta, viro-me para dar uma última olhada ao redor, fazendo uma prece silenciosa para a mamãe: prometo que não vou deixar a Califórnia me transformar, independente de qualquer coisa.” (pág. 55)

    É lá que conhecemos Zack. Ele é um típico garoto americano dos filmes jovens que conhecemos. Atleta e popular, namora a garota igualmente popular do colégio. Mas eles se conhecem muito antes disso. Zack se apaixonou por Emily muito novo, quando ela se mudou para a frente da casa dele, com uma bicicleta amarela que ele sonhava em ter. Amigos desde sempre, Zack começou a estranhar quando Emily mudou.

    A relação dos dois começou a mudar, esfriar e ele começou a perder o interesse nela e ter interesse em outras coisas, como os seus trabalhos de inglês e sua amiga Allie. Emily não era mais a mesma e ele só queria que a relação voltasse a ser como antes. 

“... durante muito tempo, aguentei Emily colocando as pessoas para baixo, como ninguém sendo bom o bastante, pois isso é o que ela sempre conheceu. Mas estou cansado de inventar desculpas sobre quem ela se tornou... de inventar desculpas para mim mesmo.” (pág.26)

    O que não aconteceu. Em seu lugar, uma tragédia o fez desejar que tivesse aceitado as coisas como estavam, que não tivesse desejado a mudança, que pudesse fazer tudo diferente naquela fatídica noite.

    É em meio ao seu luto que Zack conhece Nikki enquanto faz a única coisa que consegue: correr. Os dois criam ali uma relação sem palavras. Mesmo quando se conhecem na escola, com os amigos de Zack, eles mantêm essa “brincadeira” sem palavras, uma comunicação apenas pelo olhar, que traz tanto para Nikki, quanto para Zack, uma atração “complicada”. 

“Temos um tipo de troca secreta, nenhum dos dois querendo ser o primeiro a falar. É bizarro, já que nunca conhecia a garota de verdade, mas percebo, ao segurar a mão dela mais do que seria considerado normal, que sorri duas vezes nas duas últimas semanas. As duas vezes perto dela.” (pag.72)

    Zack não se sente nada confortável com essa atração, por mais que algumas vezes acabe cedendo a ela ao olhar e, mais para frente, falar com Nikki. Porém, sempre que ele sente que foi um pouco mais longe, se fecha em seu luto e na sensação de traição que tem por Emily.

    Mas é claro que com o tempo, seria impossível negar isso. E é realmente gostoso ver como Nikki supera as barreiras que Zack coloca a si mesmo, como ela consegue o conquistar e, mais ainda, como eles parecem estar sintonizados, tanto na dor, quanto no seu humor comum e sentimentos. 

“Perto desse jeito, estamos os dois respirando pesadamente. Eu quero só brincar, mas estou achando difícil manter minha resolução com o corpo dela tão perto do meu. Ela é perigosa.” (pág. 115)

    O grande problema é que Zack ainda não superou o seu momento, não se desfez dos seus fantasmas e de sua culpa e é por isso que afasta Nikki. Nesse momento do livro, eu pude refletir. Se fosse comigo, mesmo eu não sendo mais uma adolescente, seria fácil me livrar da culpa? Seria fácil superar o passado?

    É Nikki quem mostra a Zack e à nós que superar o passado não significa não sentir mais nada sobre ele, mas sim, enfrenta-lo de frente, se permitir sentir e também compartilhar esses sentimentos e que, só assim, podemos criar algo novo e seguir em frente. Não é uma tarefa fácil, e percebemos isso com os personagens também, mas é algo capaz de dar esperanças. 

“Talvez, só talvez, o destino tenha nos juntado por uma razão. Para curarmos um ao outro, não para destruirmos nossos corações partidos.” (pág. 152)

    Mas é claro que nem tudo são flores e em algum momento o clímax da história iria chegar, os segredos viriam à tona e seriam revelados, não é mesmo? Mas, confesso, que apesar de muitas coisas serem previsíveis, muitas mais me surpreenderam, e da melhor forma possível!

    A diagramação do livro é muito bonita, as letras são ótimas de ler, apesar de conter alguns erros de digitação e algumas repetições que tornam a leitura “cansativa” em determinados momentos, como ela... ela... ela. Mas não é algo que consiga desanimar o leitor, pelo contrário, a trama em si consegue nos cativar.

    No início fiquei um pouco entediada, realmente achando que já tinha encaixado todo o quebra cabeças e nada novo viria. Especialmente por que os personagens principais ficavam no “magoa vs não-magoa”. Mas conforme eles foram se desenvolvendo, amadurecendo e descobrindo-se, eu fui me encantando.

    Nikki é uma personagem forte, com personalidade forte e muito cativante. Enquanto que Zack é o tipo de garoto completamente encantador e quase irreal pelo mesmo motivo. É impossível não se apaixonar por eles e por suas histórias, assim como se emocionar quando o desfecho deles acontece. Uma história capaz de nos fazer repensar alguns valores e nos emocionar com seus momentos especiais e lições de vida. 

“Apesar de todas as curvas deliciosas do seu corpo, é o sorriso dela que acaba comigo.” (pág. 226)


Classificação:


Gênero:
Romance
Ficção
Drama



10 comentários:

  1. Olá, tudo bem? Histórias emocionantes e que trazem alguma lição ou mensagem são as que mais gosto, então tenho certeza de que vou amar esse livro. Obrigada pela dica, anotada!

    https://duaslivreiras.blogspot.com.br/

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  2. Fiquei curiosa para entender a grande surpresa que esse livro parece trazer. A história num primeiro momento parece comum, mas esse ponto me deixa curiosa mesmo.
    Beijos
    Mari
    Pequenos Retalhos

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  3. Olá!

    Já vi várias resenhas desse livro, mas não consigo me sentir atraída por ele, me parece ser bem mais do mesmo. Gostei da capa e da sua resenha, parabéns.

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  4. Olá!
    Estou com ele na estante e muito curiosa pra ler. Adoro a escrita da Vi Keeland então certamente vou me encantar. A premissa já deixa a gente atraído e sua resenha só reforça essa vontade.
    Beijos!

    Camila de Moraes

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  5. Eu não conhecia o livro e não me senti atraída para realizar a leitura, até achei a proposta da obra interessante, mas não tive vontade de ler, mas gostei da sua resenha e a achei bem completa.

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  6. Oi,
    Assim que li o título achei que se tratava daquela série de livros mas parece que não. Então, achei legal a premissa da história e esse esquema dos personagens serem tão ligados a ponto de um só olhar para o outro e saber o que está pensando. Gostei da dica.
    Beijos
    Raquel Machado
    Leitura Kriativa
    leiturakriativa.blogspot.com

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  7. olá,Fernanda... que bacana que no fim das contas a leitura te agradou... já pra mim, acho que não ia fluir legal... não me senti empolgada com o enredo,o gênero não é dos meus preferidos...
    bjs...

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  8. Oi Fernanda,
    Adorei a sua resenha! Fiquei curiosa para saber mais como a história deles se entrelaça. Só não gostei de você dizer que o início é um pouco monótono.
    Beijos
    Blog Relicário de Papel

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  9. Fernanda, eu não conhecia o livro.
    Achei legal essa ideia de mostrar os dois lados da história.
    Fiquei muito curiosa no desenrolar dos fatos.

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  10. Oi, como vai? Não conhecia a autora e nem o livro. Gostei da história e da capa, mas acredita que ando sem paciência para erros de revisão e repetições. A história tem que ser muitoooo boa para eu ler um livro com esse tipo de problema, mas o tamanho da fonte sendo boa ajuda muito. Posso estar errada, mas acho que tbm já matei o mistério e sei quem é a irmã da Nikki. kkkkkk' Tomara que esteja enganada. Um beijo e boas leituras para nós. Sucesso sempre.

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