Existe um limite entre o real e o imaginário? Até que ponto se pode viver enraizado na realidade e abandonar os sonhos? Sâmia luta entre o real e o que julgou ser imaginário enquanto faz críticas sobre livros de fantasia em um jornal local, tentando por anos sufocar seus desejos mais profundos, a fantasia retorna trazendo com elas valores extremamente reais. O pré-julgamento nos faz refletir quantas vidas foram perdidas ou desperdiçadas pela falta de coragem de se buscar uma certeza, o comodismo de acreditar no mais óbvio, decidir sua vida pelo modo mais conveniente? O Submundo sai das sombras se revelando a humanidade, mostrando a mágica, a doçura, os medos e os demônios existentes em cada um. A oportunidade que Sâmia precisava juntamente com todas as criaturas mágicas de um reino paralelo ao mundo real, o temível, misterioso e atrativo rei e muitos outros seres que ela jamais imaginou encontrar chegam para a ensiná-la a viver sem ter que eliminar a mágica de sua existência, a força do pensamento é a forma mais real de fazer mágica e uma vez que a maioria da humanidade é capaz de pensar, logo a magia é única em cada ser, basta o bom senso para equilibrar os dois mundos e não deixar-se ser consumidos por nenhum dos dois. Bem vindo à fantástica viagem dos sonhos onde somente os sábios saberão vive-los e os demais continuarão apenas existindo. [SKOOB]
By. Fany |
Eu e a Carol nos conhecemos online, começamos uma bela amizade através da leitura. E ela me presenteou com o seu livro! Agradeço Carol de coração! Leia alguns capítulos de Ciclos Eternos grátis pelo Wattpad.
Fanny como é o livro?
Quando você entra no universo que há dentro deste livro, você entra em
contato com a magia que há dentro de você.
"Amor decisão e humildade eram tudo que era preciso para se entrar
no Mist." –Pag.264.
Durante a leitura de Ciclos Eternos, eu encontrei vários personagens com
personalidades que me colocaram em xeque sobre o mundo real, onde vivemos
fazendo o prejulgamento das pessoas.
Sendo que durante a nossa vida, vivenciamos muitos papeis, uma hora você
faz o papel da mãe, chefe, empregado, sofredor, conquistador ou... Do Rei! rsrs
Mas, nunca lembramos que por trás dessas mascaras se esconde um
verdadeiro eu. Onde deveríamos aprender a ser e ver as pessoas como elas
realmente são. Mas, para isso é necessário que se de uma oportunidade.
"Para você, tudo é novo e único, então a única coisa em que se
concentra é nessa tarefa e se entrega a ela de corpo e alma, entrando em
sintonia com a energia local. Eu já penso em várias coisas ao mesmo tempo e
minha mente não se concentra em um só objetivo." –Pag. 269
Eu me identifiquei muito com Jahean (O Rei) principalmente nessa
passagem quando ele verdadeiramente se expõe. Eu também acabo pensando muito e
expondo-me pouco. Tem vezes que é necessário confiar e abaixar o escudo para as
pessoas terem certeza do que você é.
Pois, quando você não se mostra, você dá o direito aos outros te
pintarem da forma que quiserem. Eu vi Jahean muito perturbado com os próprios
demônios durante a leitura, mas acabei enxergando um brilho no personagem
conforme ele se mostrava.
"O Rei estendeu a mão e ela segurou. Entre ambas as mãos, a energia
azul iluminou onde os dois dividiram por alguns segundos. Fecharam os
olhos." –Pag.285.
Nesse momento acontece algo muito mágico e verdadeiro, mas se você
quiser descobrir terá que embarcar nessa aventura pelo Submundo! E aí já
comprou o seu passaporte?
Caroline Factum |
(Caroline) Bem, acredito que o vol 1
Submundo seja muito complexo e que as pessoas têm apresentado dificuldade de
entender. Embora narrado em terceira pessoa, os leitores não observam que todos
os pensamentos e emoções são voltadas para Sâmia e para o que ela sente ou o
que ela acredita que os demais sentem. Mas o motivo disso é justamente fazer o
leitor ficar tão confuso quanto ela própria, afinal ela está em um período de
desintoxicação de remédios e descobrir junto com ela o que se passa durante a
obra. Já na Superfície por ser narrado por Lisa, os leitores já começam a
entender melhor e também não contam com a confusão mental da personagem que
está livre do vício. Acredito que o momento que eu mais goste no Submundo seja
quando Leander conta como Jahean salvou a vida dele e igualmente o final, onde
Leander se sente impotente quanto a dor do rei, assim como em nosso mundo,
dificilmente conseguimos aliviar a dor dos que amamos.
(Fany) Eu sou muito fã de personagens
como o Jahean, porque o modo frio, no qual ele trata as situações chegam a ser
engraçadas. Isso porque enxerguei o personagem como objetivo, evitando o
prejulgamento. Mas, acredito que a maioria dos leitores enxerguem como
arrogância, visto que temos uma narração sobre o ponto de vista da Sâmia. Bem,
essa é minha opinião, mas o que a grande maioria dos leitores falam, sobre o
Jahean, para você?
(Caroline) A maioria
fica confusa, exatamente como planejado. Tão confusa quanto Sâmia, pois não têm
acesso as emoções dele.
(Fany) O livro um é o meu favorito pela
magia, o dois pela surpresa e pelos temas abordados. Mas, acredito que o livro
três, O Corredor, esteja sendo a obra que carrega mais complexidade emocional,
porque mexe com as “sombras e alucinações” que confundem a alma humana. Você
puxa o leitor para o mundo que você cria. Sempre foi seu desejo trabalhar com
temas tão sensíveis ou a magia de Ciclos Eternos, lhe guiou? Por que a maioria
dos escritores dizem que os personagens e seus mundos têm vontade própria, e
que eles apenas canalizam essas vontades. É assim com você também?
(Caroline) Ciclos nunca foi um
planejamento, aliás livro nenhum meu foi planejado, eles apenas acontecem.
Quando decidi escrever Ciclos tudo que eu queria era fazer algo de fantasia
diferente. Já i inúmeros livros de fantasias e nenhum que ensinasse algo, ou
que os leitores pudessem se identificar em seu dia a dia. Em 25 horas a
resolva de Sâmia começa quando seu pai coloca uma substituta para sua mãe em
sua casa. Quantos jovens não passam pela mesma coisa atualmente? No Submundo
ela se torna dependente de remédios. Novamente, quantos jovens não buscam
alívio para conflitos familiares nas drogas, sendo legais ou não? Na Superfície
começamos a ver a perda de gosto pela vida, onde alguém já está machucado
demais para continuar, e esse é o único motivo para as pessoas cometerem suicídio,
ninguém se mata por causa de ninguém, as pessoas se matam porque elas não
aguentam mais os sofrimentos impostos pela vida.
O Corredor é uma metáfora, temos muitas pessoas atualmente vivendo no
Corredor. Pessoas com doenças crônicas que perderam a esperança, pessoas
infelizes no casamento que não se acham dignas de algo melhor ou cansadas
demais para recomeçar. Concluo o Corredor com uma frase de minha autoria: Não é
porque deixou de apanhar que se tem forças para ficar em pé.
(Fany) Eu e todos os leitores de Ciclos Eternos, lhe agradecemos Carol, por conceder essa maravilhosa entrevista! Um grande abraço a todos, até a próxima. Bora desbravar o Literaleitura, Corujinhas!
Gênero
Fantasia
Romance
Literatura Nacional
Por Estefania
Cristina, autora da obra, O
Relicário: A Historia dos Mundos.
Ain, nossa, estou louca para ler esse livro! Comecei lendo a prévia que tinha no wattpad e me apaixonei... Mas não tive como comprar ainda.
ResponderExcluirA história da Carol cintila nas entrelinhas, lembro bem dessa sensação de sentir algo a mais do que estava acontecendo. Muito boa a resenha Fany! !
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