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Quero saber mais sobre: Rô Mierling

  Olá galera,

    Hoje venho trazer para vocês nossa primeira entrevista de muitas que iremos realizar com nossos queridos autores nacionais, e o início não poderia ser mais especial...tivemos o privilégio de conversar com uma grande autora, também parceira aqui do blog e a nova queridinha dos leitores da DarkSide Books, Rô Mierling...

    Vem comigo acompanhar essa conversa maravilhosa ❤


Entrevista

    Olá Rô, primeiramente gostaria de agradecer a disponibilidade de nos conceder essa entrevista. Sinta-se à vontade para responder os questionamentos da forma como desejar, pois queremos conhecer não só mais sobre sua carreira, mas também suas opiniões sobre assuntos recorrentes no universo literário.

Literaleitura: Eu acompanho seu trabalho já a algum tempo, entre contos, romances e antologias você possui diversas obras publicadas, a maioria das que pude conferir abordam assuntos bem polêmicos e sombrios. Antes da sua decisão de ser escritora, esse era um gênero o qual você mais se identificava? Quais são seus autores preferidos e obras inspiradoras?
Rô Mierling: Sempre gostei de suspense, terror e mistério, desde menina. Tenho uma gama variada de preferências: Stephen King, Ruth Rendell, Illana Casoy, Patricia Highsmith, John Grishan


Literaleitura: Divulgamos muitos trabalhos seus aqui no blog e nossos leitores sabem que você já organizou diversas antologias, eu inclusive tive a oportunidade de participar de algumas delas. Quais as dificuldades que você encontra em organizar esse tipo de publicação, sabendo que muitas das pessoas que participam não são escritores atuantes na profissão?  
Rô Mierling: A maior dificuldade é selecionar bons textos e lidar com as expectativas dos novos autores diante do mercado literário nacional.


Literaleitura: Devido ao meu habito e preferências de leitura, costumo escutar frases do tipo: “Se espremer seu livro ele escorre sangue” e “Por que você não procura livros com temas mais agradáveis para ler?”. Esse tipo de comentário mostra que o gênero terror/suspense é muitas vezes discriminado pela temática mais densa e assustadora, como também que muitas pessoas preferem temas menos realistas como os ‘contos de fadas’ onde tudo termina no ‘felizes para sempre’, mas sabemos que na vida real não é bem assim. O que você acha dessa marginalização do tema e como isso influencia na escolha dos assuntos que você aborda em suas obras?
Rô Mierling: Não ligo para isso. Gosto de ser DARK. Quanto mais sinistro o tema mais me atrai para ler e escrever.


Literaleitura: Tive a oportunidade de conferir a obra ‘Diário de uma escrava’ enquanto ainda estava disponível no ‘Wattpad’. Qual foi sua reação ao perceber o sucesso que a obra tinha alcançado? Você esperava que o relato um assunto tão polêmico e atual despertasse tanto o interesse do público?
Rô Mierling: Não esperava, mas fiquei muito feliz. Do nada começaram a vir as leituras e a receptividade. Amei.


Literaleitura: Como falei anteriormente, conheço algumas das suas obras e sei que você pesquisa muito sobre o tema a qual irá abordar no enredo. Esse tipo de pesquisa as vezes torna-se algo bem difícil, ainda mais pela temática envolvida, contendo cenas “fortes e pesadas” que muitas pessoas procuram evitar. Pensando em ‘Diário de uma escrava’, como foram as pesquisas para a construção do enredo, você baseou-se em obras e relatos reais que ocorreram no país e fora dele?
Rô Mierling: As bases foram relatos nacionais e internacionais, no entanto os relatos internacionais ganham mais mídia e aparecem mais. A pesquisa foi bem profunda e gostei de fazer. As vezes era tensa, mas no geral, foi tranquila.


Literaleitura: Você se dedicou muito como autora independente, fez muitos trabalhos como ghostwriter e coordenou diversas antologias. Pode parecer uma pergunta bem clichê (mas sempre gostamos de saber), qual foi sua reação ao conseguir entrar para o incrível grupo de autores da DarkSide Books?
Rô Mierling: Um grito, sorrisos e muitas lagrimas, tipo CONSEGUI.


Literaleitura: Sabemos que não é fácil entrar para esse universo da literatura, são poucos que conseguem alcançar rapidamente e com êxito uma carreira de sucesso e continuar publicando obras de qualidade e com reconhecimento por muitos anos. Na sua opinião o que torna esse meio tão restrito, ainda mais para conseguir espaço nas grandes editoras?
Rô Mierling: O alto custo do livro no Brasil faz com que seja caro ser leitor, logo é caro publicar, logo é difícil editoras apostarem 100% em um autor sem a certeza da venda e retorno.


Literaleitura: Atualmente vemos muitas pessoas publicando livros sem possuir uma carreira com histórico na área, o que denominamos de “Sucesso do momento”, ou “modinha”. A grande ‘onda’ da vez são os famosos ‘Youtubers’, vemos editoras de grande reconhecimento publicando livros do gênero, que falam sobre a vida desses “Pseudo- autores”. Na sua opinião, sabendo o quanto algumas pessoas lutam para ter seus trabalhos reconhecidos e que na maioria das vezes recebem um NÃO dessas editoras. Você acha que esse tipo de publicação é uma estratégia para alcançar um determinado público? Como você vê esse tipo de literatura?
Rô Mierling: É só uma questão de que editora é um comercio, fim. Temos que parar de pensar que editora é instituição cultural. Ela precisa lucrar, se os leitores estão aderindo a livros como VIDA DA LUZ ROSINHA, isso será o que vão aprovar, isso será o que vai vender e render. E infelizmente nesse caso grandes historias e talentos, que não tem grande publico podem não ter oportunidade. Porque diante da crise, as editoras optam por investir em que vai dar retorno rápido.


Rapidinhas

Livro de cabeceira: A Bíblia
Autor(a) inspiração: Stephen King e John Grishan
Local preferido para ler: Todos
Durante a leitura você prefere café, chá ou uma taça de vinho? Vinho


Literaleitura: Gostaríamos de agradecer pelo carinho e tempo disponibilizado para esta entrevista, tenho certeza que nossos leitores irão adorar conhecer mais sobre seu trabalho. Costumamos divulgar aqui no Literaleitura muitas das antologias que você organiza, buscando novos talentos da literatura. Você poderia deixar algumas palavras de incentivo para as jovens que desejam seguir essa carreira tão instigante e “árdua”, qual seria sua dica número 1? 
Rô Mierling: Agradeço muito o apoio que sempre me deram
Dica: faça acontecer, não espere pelos outros. Você corre atrás, crie seu publico para depois tentar um lugar no mercado e no cenário. Assim terá ótima receptividade.


A obra...

Diário de uma Escrava

    SINOPSE: Laura é uma menina sequestrada e jogada no fundo de um buraco por alguém que todos imaginavam ser um bom homem. Ela vê sua vida mudar da noite para o dia, e passa a descrever com detalhes sinistros e íntimos cada dia, cada ato, cada dor que o sequestro e o aprisionamento lhe fazem passar. Estevão é homem casado, trabalhador, pai de família, mas que guarda em seu íntimo uma personalidade psicopata. Ele percorre ruas e cidades se apossando da vida de meninas ainda muito jovens, pois dentro de si uma voz afirma que é dele que elas precisam. Mergulhando fundo nessa fantasia, ele destrói vidas, famílias e sonhos, deixando atrás de si um rastro de dor e morte.

    Narrado em parte em forma de diário, o livro acompanha mais de quatro anos da vida de Laura em um buraco embaixo da terra, período em que algo dentro dela também se modifica de uma forma inimaginável em busca da única maneira para sobreviver. Publicado originalmente na plataforma digital Wattpad, onde já teve mais de um milhão e meio de leituras, DIÁRIO DE UMA ESCRAVA apresenta um retrato duro, cruel, abominável, mas infelizmente corriqueiro no Brasil e em todo o mundo.

    Através de Laura, raptada ainda adolescente por um homem que ela chama de “Ogro”, a autora denuncia os diversos tipos de violência que muitas mulheres são obrigadas a suportar em silêncio e nas sombras da sociedade. O “Ogro”, um homem aparentemente comum, honesto e “acima de qualquer suspeita”, mantém Laura presa em uma casa afastada, onde abusa dela sexual e mentalmente, alegando ser ela o seu verdadeiro amor. Laura, compreensivelmente, só pensa em escapar dali. Mas agora ele parece estar mudando. Será que é o melhor momento mesmo para fugir?... Bem, isso você vai ter que ler para descobrir. [SKOOB]

    E ai, curtiram?
    Deixem seus comentários.

                          Beijokas da...

13 comentários:

  1. Uau!
    Não fazia ideia que essa autor era nacional.
    Achei o máximo hein! Estou numa fase de ler livros com suspenses e terror e já estava de olho nesse livro.
    Fiquei mais animada após a entrevista.
    Parabéns!

    Beijos!

    Camila de Moraes.

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  2. Olá, gostei muito da entrevista. Acompanho o trabalho da Rô há alguns anos, e é sempre bom saber um pouco mais sobre ela e seu trabalho como escritora.

    petalasdeliberdade.blogspot.com

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  3. Oi, tudo bem?

    Conheço bem pouco do trabalho da Rô. Sei que ela organizou bastantes antologias e tenho visto bastante esse novo romance dela. Fico feliz que um tema tão necessário atraiu uma grande e incrível editora. Realmente, o tema não é "agradável", mas nem por isso não deixa de ser importante - especialmente em tempos como hoje, em que os números de feminicídios são horrorosos.
    Pena que ela falou tão pouco, em comparação ao tamanho das suas perguntas, rs.

    Love, Nina.
    http://ninaeuma.blogspot.com/

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  4. Olá, tudo bem? Não conhecia muito sobre a Ro, até porque o tema trabalhado por ela não é um que goste muito. Tenho pavor de terror ou coisas assim, e como ela mesma disse, ela gosta de ser Dark, ou seja, eu fugindo para o outro lado ahhaa Mas adorei a entrevista e conhecer o lado dela <3
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com.br/

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  5. Oi Quel, não deve ser mesmo fácil ter que escolher os melhores textos para entrar em uma antologia, fico imaginando a dor de cabeça... Sem contar, como ela mesma salientou, com as expectativas de quem ainda está começando. É complicado, mas um trabalho fundamental, ainda mais para os iniciantes.
    Bjs

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  6. Oi, tudo bem?
    Que lindo! Adoro entrevistas e essa autora está surpreendendo! Como vejo leitores comentado sobre o livro dela (que está na minha lista, mas não adquiri ainda). Ver uma entrevista é muito bacana! Achei ela uma fofa e super simpática! Sucesso para ela!

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  7. Oi, tudo bem?
    Gostei bastante da entrevista!
    Sempre vejo divulgações sobre a autora, mas confesso que não tenho interesse pelos livros dela.
    Bjs

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  8. Quel querida, que postagem fabulosa é essa? Fiquei encantada pela entrevista e já li muitos contos da autora e espero ler esse livro.
    Abraços

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  9. Olá! Adorei a entrevista!
    Suas perguntas foram ótimas.
    Todo sucesso à Rô Mierling!

    Eu estou louca para ler esse livro, mas ainda não tive a oportunidade.

    Achei muito pertinente a resposta dela sobre a editora ser um comércio. Ainda hoje li aquele livro, Dicas para autores iniciantes, da Elaine Velasco e do Hermes. M. Lourenço, que também trata desse assunto e nos ajuda a desmistificar a ideia que temos das editoras.

    Beijos!

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  10. ficou uma entrevista muito bem estruturada,parabéns ^^
    Eu conheço pouco da autora,só o que vejo em repercussão da edição publicada pela Dark mesmo...
    sucesso pra ela...
    bjs...

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  11. Oi, tudo bem?
    Eu já li muitos comentários sobre essa autora por ai, mas não a conhecia muito e por isso fiquei bem animada com sua entrevista, porque assim poderia conhecer um pouco sobre a Rô. Bom, eu confesso que costumo ler livros mais 'leves', digamos assim, mas desde que li sobre esse novo livro da autora fiquei curiosa para ler ele e também as outras obras dela, pois pela sua entrevista são todas muito bem construídas. Enfim, gostei muito da sua entrevista, parabéns!

    Beijos :*

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  12. Oi.
    Também acompanhava a história quando ela estava no Wattpad, mas não consegui continuar lendo, tive que parar. Agora quero muito comprar o livro e ler tudo de novo. Adorei a entrevista, espero que tenha muito mais igual a esta.

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  13. Eu sou louca pra ler o livro "diário de uma escrava", tô me preparando psicologicamente, pois me disseram que é muito forte.
    Adorei a entrevista, é sempre bom conhecer mais um pouco da história dos autores nacionais.

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