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Resenha: Um Brinde de Cianureto



Autora: Agatha Christie
Editora: L&PM Pocket
Ano: 2010
Páginas: 253

SINOPSE 
    "O luxuoso restaurante Luxembourg é o lugar escolhido para comemorar o aniversário da linda e elegante Rosemary Barton. Entre os seis convidados, encontram-se pessoas próximas, mas que não necessariamente querem o seu bem. Mesmo assim, ninguém poderia prever o desfecho da noite: Rosemary morre subitamente após ingerir uma taça de champagne com cianureto. Tudo indica que foi um suicídio...

     Em um inusitado jogo literário, a rainha do suspense dá a cada um dos personagens a chance de contar sua versão daquele dia, levantando suspeitas que podem colocar em xeque a razão da morte de Rosemary."
[SKOOB]

    A obra tem início com diversos personagens relembrando a fatídica noite onde Rosemay Barton, ao comemorar seu aniversário, cai morta sobre a mesa do luxuoso restaurante Luxembourg envenenada por uma dose mortal de cianureto de potássio. Todos os personagens revivem aquele momento, mesmo já tendo se passado um ano do acontecido, todos seguiram com suas vidas, mas vivem assombrados pelas recordações das ocasiões que passaram junto com a falecida.

    Dentre os convidados da festa que terminou em tragédia estavam: o marido de Rosemary, George Barton, sua irmã mais jovem, Iris Marle, a assistente do sr. Barton, Ruth Lessing, o americano e amigo da vítima, Anthony Browne e o casal Farraday. Cada um deles possuía sentimentos distintos por Rosemary e escondiam segredos envolvendo a mesma.

    Conforme o enredo vai avançando vamos descobrindo quem realmente era Rosemay Barton e que seu suposto suicídio cometido por "gripe seguida de depressão" poderia na verdade estar encobrindo um terrível e inescrupuloso ato de homicídio. 

    George Barton passa a se comportar de modo estranho após receber algumas cartas anônimas afirmando que sua doce esposa fora assassinada, com isso ele inicia um plano para averiguar se tal possibilidade pode ser mesmo confirmada. O que o leitor não esperava é que tal plano poderia ter um desfecho tão inusitado e acaba sendo um pressuposto para a abertura de novas investigações do caso de Rosemary.


    O primeiro ponto positivo da obra se dá pelo simples formato com que a mesma foi escrita, a autora buscou mostrar aos leitores os pontos de vistas e os conflitos presentes em cada um dos personagens. Qual o nível de intimidade eles tinham com a vítima e quais os sentimentos nutriam pela mesma, isso contribuiu e muito para me deixar confusa na primeira parte da história, pois se você prestar muita atenção verá que todos os convidados da festa tinham algum motivo, por menor que seja, para dar cabo da vida de Rosemary.

    Conforme a leitura ia fluindo, eu ficava cada vez mais curiosa para saber o desfecho desse incrível suspense, algumas pistas e diálogos entre personagens poderiam servir de dica e levar o leitor a tomar conclusões precipitadas a respeito da verdadeira identidade do responsável pela morte da jovem, mas a grande sacada dessa obra é deixar uma dúvida pertinente durante toda a leitura, qual a verdade por trás da morte de Rosemary, um suicídio ou um homicídio?

    A segunda parte da obra parecia ser o clímax de todo o enredo, o plano mirabolante de Gerge Barton, com o qual todos descobririam o que realmente aconteceu com a jovem falecida. Mal sabia eu que o melhor ainda estaria por vir, e é exatamente por isso que sou apaixonada pelas obras de Agatha Christie, a rainha do crime consegue não só cativar o leitor com uma escrita singular, mas também prende-lo com todas as artimanhas de um enredo bem estruturado repleto de reviravoltas.

    O desfecho da obra é maravilhoso, apesar das diversas possibilidades, acredito que muitos ficarão surpresos com o ocorrido e outros, assim como eu que na verdade tinha minhas suspeitas, acharão um pouco óbvio quando todos os fatos apresentados durante a obra são conectados e relembrados.


    Confesso que não sou muito fã de edições pockets, pois além de compactar o número de páginas, essas com fontes muito pequenas, a maioria apresenta coloração branca, o que torna a leitura cansativa. Por isso não fiquei muito impressionada com a qualidade da diagramação dessa edição, quando comparada as ouras lidas durante o Projeto Resenhando 6.

    Uma obra de leitura rápida, acredito que os leitores amantes do gênero vão curtir muito esse adorável suspense de Agatha Christie. Embora nessa obra não termos a presença dos detetives tão característicos da autora como Hercule Poirot e Miss Marple, podemos contar com a astúcia do Coronel Race, um ex-coronel do serviço secreto britânico, muito inteligente, calmo e dado a notar indícios despercebidos por outros.

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3 comentários:

  1. Quel, tu acredita que ainda não li nada desta autora ? Pode me matar eu deixo, ahahah. Acho linda essas edições, e adorei sua resenha, acho que mais um livro entrou para listinha. hahha. Beijos

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  2. E tem como ler os livros dessa mulher devagar?? Quel, toda vez que entro no seu blog vejo um livro novo da Agatha! A obra dela é infinita, só pode! Quanto a edição, não me incomodo com os pokets. L&PM e Martin Claret dominam geral na minha estante!
    Beijos!
    http://virtualcheckin.blogspot.com

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  3. Oi Raquel!
    Apesar de ser muito fã do gênero, ainda não li nenhum livro desta autora. Tenho um aqui, pocket também, mas ainda não peguei para ler. Gostei de conhecer este, o enredo é interessante e o fato de ser uma leitura fluida e que prende é muito positivo! Vou adicionar à lista. Ótima resenha! >3<
    beijos ♥
    nuclear--story.blogspot.com

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