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Resenha: O Diário de Anne Frank



Autora: Anne Frank (versão editada por Otto Frank e Mirjam Pressler)
Editora: Record
Ano: 2014
Páginas: 416

SINOPSE

    "Nova edição com capa dura de um dos livros mais importantes do século XX.

    O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em      Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seu diário narra os sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que, como sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocauto.
    Lançado em 1947, O diário de Anne Frank tornou-se um dos livros mais lidos do mundo. O relato tocante e impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus faz deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século XX.

    Mais de 420 mil exemplares vendidos no Brasil.
    O relato pessoal mais emocionante sobre o Holocausto continua surpreendendo e impressionando! The New York Times"
 [SKOOB]

    Hoje trago mais uma resenha do Desafio Literário 2015, super atrasada por sinal. Não que eu tenha acabado a leitura hoje, mas fiquei enrolando pra postar (leitura finalizada no dia 23/03). Bem, o tema em questão é o 5º do desafio 'Biografia' e a leitura deveria ser realizada durante o período de 02 a 15 de março (ehhhh, tá atrasado mesmo...kkkkk). Então vamos lá...


    Acredito que atualmente a maioria das pessoas já tenham ouvido falar algo a respeito de Anne Frank e seu famoso diário, o qual a pequena menina nascida em Frankfurt (Alemanha), em uma família de origem judaica, ganhou de presente pelo seu 13° aniversário, em 12 de junho 1942. 

    Esse diário que começou como uma simples forma adolescente de se expressar, tornou-se um relato histórico de um período triste e sombrio, um testemunho do horror nazista, onde muitas pessoas foram exterminadas, estima-se que cerca de seis milhões de judeus foram mortos durante a Segunda Guerra Mundial, o maior genocídio do século XX, através de um programa sistemático de extermínio étnico patrocinado pelo Estado Nazista, liderado por Adolf Hitler e pelo Partido Nazista, ocorrido nos territórios ocupados pelos alemães durante a guerra.

    "Por que se gastam milhões com a guerra a cada dia, enquanto não existe um centavo para a ciência médica, para os artistas e para os pobres? Por que as pessoas tem que passar fome, quando montanhas de comida apodrecem em outras partes do mundo? Ah, porque essas pessoas são tão malucas?"
- Anne Frank

    O diário de Anne Frank tornou-se um dos livros mais vendidos no mundo, sendo publicado em todos os continentes, adaptado para o cinema e para o teatro, estudado em escolas, glorificado por admiradores e também criticado por algumas pessoas que consideravam Anne uma menina mimada, que só pensava nela mesma.

    No diário, escrito entre 12 de junho de 1942 e 1 de agosto de 1944, Anne relata desde a fuga da família para o esconderijo até os dias antes de todos serem capturados e levados para diferentes campos de concentração. Um triste período da guerra, no qual Anne, sua família e alguns conhecidos passaram trancados com escassez de comida, enquanto muitos judeus eram levados e mortos pelos nazistas.    


    Apesar de Anne ter nascido na Alemanha, passou a maior parte da vida em Amsterdã (Holanda), após sua família ter se mudado para lá em 1933, ano da ascensão dos nazistas ao poder. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o território holandês foi ocupado e a política de perseguição do Reich foi estendida à população judaica residente no país. Assim, a família de Anne passou a se esconder em julho de 1942, abrigando-se em cômodos secretos de um edifício comercial, no qual seu pai era funcionário.

    O esconderijo era chamado de 'Anexo Secreto', e no diário Anne revela ao leitor aspectos da rotina nesse local, as atividades desenvolvidas, os estudos, as brincadeiras, além de questões de seu íntimo pessoal, como suas descobertas, seus medos e suas paixões, seus sonhos e desejos, suas amarguras e tristezas, além de que nesta nova versão do diário, sem censura, podemos ver como a pequena Anne se sentia em relação aos demais membros que compartilhavam o esconderijo, inclusive seus sentimento expressos pela própria família (fator que achei muito interessante e ao mesmo tempo frio, principalmente o modo como ela fala da própria mãe, sem demonstrar amor, e carinho, quase nenhum afeto, algo divergente para a idade que a mesma se encontrava quando escreveu o diário). Anne era amante de leitura, de mitologia grega, aplicada nos estudos, não gostava de álgebra e almejava ser escritora, sonhava com o amor, mas não imaginava se como dona de casa e esposa.

    Anne relata sentimentos que todos nós experimentamos e pensamentos que todos nós tivemos pelo menos uma vez na vida. Anne em alguns momentos pode parecer fria e egoísta, mas diferente de qualquer menina de hoje que enfrenta diversas dificuldades da transição de juventude - adolescência - fase adulta, ela encontrava-se trancafiada em pequenos espaços, constante temerosa e presa a uma realidade ameaçadora, como pessoas as quais ela não queria conviver, privada de sua liberdade, de uma vida típica de adolescente.

    "Quero amigos, não admiradores. Pessoas que me respeitem pelo caráter e pelo que eu faço, não pelo sorriso encantador. O círculo ao meu redor seria bem menor, mas não importa, desde que fosse composto por gente sincera."
- Anne Frank

    O que acho mais interessante dessa obra, tirando o lado de se conhecer a tristeza causada durante um período de guerra e como isso afeta a vida das pessoas, visto por uma perspectiva totalmente diferente, é compreender como uma garota tão jovem conseguiu se expressar tão perfeitamente. A cada página o diário nos trás fatos diferentes, mostrando como pode ser entediante viver um dia de cada vez, mas ao mesmo tempo como simples ações podem mudar uma pessoa completamente. Eu digo isso, pois para mim foi nítida a mudança de comportamento de Anne do início da obra ao seu final, ela foi ficando mais madura, mais segura de seus atos, parou de se importar com questões e rixas entre os demais moradores do anexo. 

    No início o que mais se lia eram as intermináveis lamentações e descrições, em sua grande maioria, depreciativas dos outros moradores. Anne só reclamava de seus parceiros de cativeiro, apresentando-os como pessoas chatos, irritantes e que nunca a compreendiam, mas com o passar do tempo, com a experiência que a menina foi adquirindo ao viver trancafiada sem poder fazer o que bem entendesse, ela começou a ver aquela convivência pela perspectiva das outras pessoas também. Tornou-se mais paciente e compreensiva e até estreitou um laço mais afetuoso com sua irmã mais velha.

    Essa obra nos mostra também que apesar de seus medos, Anne foi uma garota muito forte e corajosa, cheia de questionamentos e opiniões, muito a frente de seu tempo. Ela podia ser teimosa e terrivelmente petulante, mas defendia suas crenças e ideais até o fim e buscava enxergar a beleza nas pequenas coisas. 

    "Qualquer um poderia embromar e deixar espaços grandes entre as palavras, mas o truque era arranjar argumentos convincentes que justificassem a necessidade de escrever."
- Anne Frank

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2 comentários:

  1. Olá, tudo bem?

    Este livro é muito lindo e emocionante. E eu estou louca por esta edição, esta capa estar LINDA demais. Infelizmente ainda não tenho nenhum livro da Anne. Mas agora só quero, se for essa edição, rs.
    Concordo com você, além de nos trazer várias lições, este livro nos mostra uma menina, linda, forte e corajosa. Que passando por um momento tão triste consegue ser tão sábia e rica nas suas colocações. Amei a resenha. O blog é lindo, Parabéns..

    beijinhos

    http://livrosfilmeseencantos.blogspot.com.br/

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  2. Eu li este livro quando estava no ensino médio, lembro pouca coisa, mas o suficiente para saber que é triste e que mesmo assim, muito lindo!!!

    Beijo, Vanessa Meiser
    http://balaiodelivros.blogspot.com.br/

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