Últimas Resenhas

Adaptação: Jogos Vorazes - A Esperança (parte 1)

Original: The Hunger Games: Mockingjay – Part 1
Direção: Francis Lawrence
Estudio: Paris Filmes
Ano: 2014
Adaptado de: A Esperança (Suzanne Collins)
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Elizabeth Banks, Sam Clafin, Jena Malone


Sinopse: Após ser resgatada do Massacre Quaternário pela resistência ao governo tirânico do presidente Snow (Donald Sutherland), Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) está abalada. Temerosa e sem confiança, ela agora vive no Distrito 13 ao lado da mãe (Paula Malcomson) e da irmã, Prim (Willow Shields). A presidente Alma Coin (Julianne Moore) e Plutarch Heavensbee (Philip Seymour Hoffman) querem que Katniss assuma o papel do tordo, o símbolo que a resistência precisa para mobilizar a população. Após uma certa relutância, Katniss aceita a proposta desde que a resistência se comprometa a resgatar Peeta Mellark (Josh Hutcherson) e os demais Vitoriosos, mantidos prisioneiros pela Capital.



Dia 19 de novembro, última quarta-feira, estreou nos cinemas brasileiros a primeira parte do último filme da saga Jogos Vorazes. Para quem é fã, como eu, a contagem regressiva começou cedo e a ansiedade para ver era grande demais. E como algumas pessoas, eu não consegui esperar um instante para ir. Fui na estreia, após reler o livro em dois dias para ter tudo bem fresco em minha mente.


Um Filme tenso...




    Eu não teria uma melhor palavra para descrever a primeira parte de A Esperança do que tensão. Assim como no livro, essa tensão foi passada a cada nova cena. Não havia tempo de respirar aliviado, sempre acontecia alguma coisa que trazia a tensão de volta. E não é pra menos, já que o destino de Panem e dos distritos estava nas mãos do sucesso ou fracasso da rebelião. 

    Sempre gostei muito de filmes que conseguem passar a tensão para quem está assistindo, que tem aqueles momentos em quem a gente prende a respiração e quase não pisca para não perder nada. Foram inúmeras essas cenas. Fosse uma pronunciação do Presidente Snow ou da Presidente Coin. Ou até mesmo cenas em que a rebelião estava acontecendo, que Peeta aparecia e, principalmente, quando aparentemente tudo estava em paz, apenas para ser seguido de mais "surpresas".

    Particularmente, saí do cinema um pouco revoltada com algumas mudanças que aconteceram durante a adaptação. Nunca achei que seria completamente fiel, afinal, é adaptado e não cópia. Porém, em Em Chamas, Francis acertou tanto sendo o mais fiel possível, que esperei que isso acontecesse também em A Esperança. Não foi bem esse o caso. 

    Tive a dica quando Effie apareceu em um dos trailers liberados. Aquilo me deixou com um pé atrás, e me fez começar a temer mais mudanças. Entendo a necessidade de ser ela e não os demais ajudantes de Cinna a aparecerem, afinal, eles quase não tiveram espaço nos filmes, não teria sentido ter agora. Porém, não foi apenas isso. A própria presidente Coin me passou uma coisa no início, que nunca apareceu nos livros. Mesmo que depois ela tenha começado a ser mais a que todos nós "conhecemos", me fez falta ela ter sido desde o início.

    Isso não mudou o fato de o filme ser maravilhoso e muito bem adaptado. Conseguimos sentir raiva dos personagens certos em momentos certos, prender a respiração nos mesmos momentos e ficar surpresos com algumas cenas, mesmo tendo lido exatamente aquilo.

    Gostei muito das cenas que mostram fora do ponto de vista da Katniss, afinal, o livro é narrado por ela, nós apenas podemos imaginar o que acontece quando ela não está perto e como pode ser. O filme teve bastante enfoque nestas partes o que deu um toque novo e muito bom para essa tensão que já mencionei.

    Mas quem mais me surpreendeu neste filme foi Josh Hutcherson. A atuação dele foi uma surpresa para mim. Não que eu achava que ele não atuava bem, mas que neste filme eu sabia que ele teria que ser completamente diferente do que estava sendo antes. E ele foi. Cada olhar, não apenas as ações e falas, mas o olhar foi algo que ele conseguiu fazer exatamente como eu imaginei. Ele foi o Peeta, mais do que nunca. E é para ele que tiro o meu chapéu neste filme.

    Devo também dizer que não gosto do Gale, e neste filme, consegui gostar menos ainda do que nos livros. Não é implicancia por preferir o Peeta, mas acho ele extremamente apagado, ainda que neste ele apareça bem mais. É falta de química com personagem, sabe? Isso existe!

    Ao todo, o filme é muito bom. Valeu a pena esperar cada instante. E infelizmente teremos de esperar um ano para ver o fim definitivo dele. Com a cena final, pensamos se conseguiremos aguentar, pois a minha ansiedade já cresceu consideravelmente. Nós lemos, mas quando vemos o que lemos na tela do cinema isso não é algo realmente bom? Para mim foi. Lawrence acertou mais uma vez, e é por isso que está sendo um sucesso de bilheterias! Se você ainda não foi, vá ao cinema e assista, tenho certeza que não irá se arrepender.



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